Manifesto está marcado para a
tarde de amanhã, dia 03 de junho. Vereadores abraçaram a causa e
estarão junto à população

Os
manifestantes prometem fazer uma caminhada pacífica. Eles sairão da
prefeitura municipal às 13h e percorrerão 1km até a Copel –
empresa que deve receber a concessão no próximo dia 5 de junho.
A
Câmara Municipal de Toledo, por meio dos gabinetes abraçou a causa
e boa parte dos vereadores devem participar da manifestação. A
Vereadora Sueli Guerra (PMDB) comenta que desde o fim de 2013 tem
conhecimento da causa e sempre se mostrou contrária a tal atitude.
“Querem acabar com as nossas terras. E desde o início tenho dito
que essa manifestação é de extrema importância. Finalmente nossa
gente tem tomado consciência e vamos para a rua!”, declarou.
A
manifestação está sendo organizada por legisladores e EcoClube de
Toledo. Nas redes sociais, o evento criado pelo vereador Tita
Furlan (PV) já tem mais de 3 mil confirmações. A estimativa é
que milhares de pessoas participem da marcha contra o Fracking,
conforme informou Furlan. Ele ainda salientou que o manifesto é do
povo e não de partidos políticos. “ A causa é coletiva! Apesar
de ter várias autoridades políticas envolvidas com o movimento, não
queremos bandeiras partidárias no manifesto, apenas a causa
defendida”, enfatizou. “Nossas terras e nossas vidas, presentes e
futuras, não pertencem a um governo transitório. O povo não foi
consultado!”, complementou.
Processo
Em novembro de 2013 foi
feito um leilão pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) das terras
da região oeste do Paraná para a exploração por meio do Fracking.
O método consiste na perfuração do solo por mais de kms de
extensão para a retirada do gás. O problema é que o xisto está a
aproximadamente 500m a baixo do Aquífero Guarani e a sua retirada
deve contaminar as águas da região, comprometendo assim, a
qualidade da produção alimentícia.
Com interesse nesse
método, a Copel uniu-se à multinacionais para a extração. Bayar,
Petra e Tucuman, são exemplos de indústrias interessadas na
exploração. A concessão para a Copel está marcada para o dia 5 de
junho, próxima sexta-feira.
Baixo Assinado
Na região oeste a
Associação de Câmaras do Oeste do Paraná (Acamop) tem organizado
um baixo assinado contra o método. A intenção é conquistar cerca
de 1 milhão de assinaturas até o dia 5 de junho. Em Toledo o
documento está circulando em órgãos públicos, empresas e unidades
educacionais.
Processo Judicial
O Ministério Público
Federal (MPF) em Cascavel propôs ação civil pública para que
sejam suspensos os efeitos decorrentes da 12ª Rodada de Licitações
realizada pela ANP, na Bacia do Rio Paraná. De acordo com o MPF, a
ação é necessária em vista dos potenciais riscos ao meio
ambiente, à saúde humana e à atividade econômica regional, além
de vícios que anulariam o procedimento licitatório. A ação foi
proposta em 20 de maio contra ANP, Copel, Petrobras, Bayar, Cowan
Petróleo, Petra Energia e Tucumann Engenharia.
O MPF pede que seja
concedida liminar para suspender imediatamente os efeitos da rodada
de licitações na bacia do Rio Paraná (setor SPA-CS) até a
realização de estudos técnicos que demonstrem a viabilidade, ou
não, do uso da técnica do fraturamento hidráulico em solo
brasileiro, com prévia regulamentação do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama). Além disso, pede especial ênfase na realização
e publicidade da Avaliação Ambiental de Áreas Sedimentares (AAAS),
cujos resultados deverão vincular a possível exploração dos
correspondentes blocos, oportunizando-se adequadamente a participação
técnica e das pessoas que serão impactadas diretamente pela
exploração, como os moradores da Terra Indígena Xetá e da
comunidade quilombola Manoel Ciríaco dos Santos, que não foram
consultados previamente, em violação à Convenção 169 da
Organização Internacional do Trabalho (OIT).
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