Vereadora
Sueli Guerra (PMDB) indicou recentemente ao executivo municipal que
fosse feito um projeto de regulamentação de Lei sobre os artistas
de rua.
Um olhar, um sorriso, um simples agradecimento, ou quem sabe, um troco no chapéu, é o que sustenta o trabalho de inúmeros artistas de rua. Essa realidade não é algo exclusivo dos grandes centros do Brasil. Ela está bem a nosso lado. No centro de Toledo não é difícil de encontrar esses artistas que alegram a vida de centenas de motoristas no tempo em que o sinal se fecha.
Na maioria das vezes, eles passam por distintas cidades à procura de um lugar em que possam trabalhar sem discriminação. Juan Sol é um exemplo disso. A poucos dias na cidade, ele passa diariamente pelos sinais do centro com a sua alegria, malabarismo e equilíbrio. Argentino, ele procura juntar dinheiro no Brasil para participar de uma conferência de circo que acontecerá em São Paulo, no próximo mês. Nessas andanças, ele comenta que a principal dificuldade é conseguir se apresentar com liberdade. “O meu trabalho não existiria sem as ruas e hoje a principal dificuldade é me apresentar em lugares públicos. Muitas vezes a própria polícia ou a guarda impedem que isso seja possível”, desabafou. “Dessa forma, estão matando nossa única oportunidade de trabalho”, complementou.
Diante das dificuldades encaradas diariamente, é que, recentemente o poder executivo recebeu uma indicação da Vereadora Sueli Guerra (PMDB) para que fosse elaborado um projeto de Lei que regulamente as condições de trabalho desses artistas. Ainda em discussão, o projeto pretende, de uma maneira singela impedir que as atividades artísticas de rua sejam barradas por intervenção policial.
Segundo Sueli, a ideia de regulamentar a situação surgiu a partir de um caso em que os instrumentos de trabalho de alguns artistas haviam sido apreendidos pela Guarda Municipal (GM). “O número de artistas em nossa cidade têm aumentado consideravelmente e isso não pode ser ignorado. O artista também não pode ser tratado como um pedinte, por que esse é o seu trabalho, então que ele esteja regulamentado e assim, possa ser respeitado”, defendeu;
Questão
social
Para a secretária de Comunicação e responsável pela pasta de
cultura, Rosselane Giordani, é preciso criar leis que estabeleçam a
legitimidade desse tipo de manifestação, com o intuito de
aprofundar ainda mais essa discussão. “Só assim nós poderemos
garantir a presença desses artistas nas praças, nas ruas, enfim,
nos locais públicos. Porém, isso precisa ultrapassar a barreira de
tudo o que é imposto. Tem a ver com as relações em convívio
social”, explicou. “É preciso dialogar com a sociedade para que
a cultura do artista de rua encontre o seu espaço neste âmbito”,
complementou.
A falta de compreensão da população é algo que o artista Juan Sol, sente na pele. Ele comenta que ainda falta a compreensão das pessoas, “para que se abram os teatros, os circos e os espaços públicos para a atuação”, disse.
A presença constate no dia a dia de toda uma população deve ser o paço inicial para uma boa acolhida da população, conforme informou Rosselane. De acordo com ela, a criação da lei é fundamental, porém as pessoas precisam estar abertas para receber essa nova realidade. “Hoje, em Toledo isso está acontecendo aos poucos, mas a sociedade precisa discutir essa questão para que o nosso artista seja protegido e valorizado”, argumentou.
Segurança
Já
a vereadora Sueli Guerra explicou que a regulamentação dos artistas
de rua não beneficia unicamente à classe. “Todas as pessoas que
habitam em Toledo serão atingidas, tendo a garantia de que o artista
que se apresenta diante dela está completamente inserido na
sociedade de maneira positiva”, finalizou.
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