quarta-feira, 2 de abril de 2014

Sueli Guerra se posiciona favorável ao Movimento Eu Não Mereço Ser Estuprada


A mulher tem o direito de se vestir, portar e fazer aquilo que tem vontade. Ninguém tem o direito de dizer que não”, afirmou Sueli em uso da tribuna durante a última sessão ordinária.

Recentemente uma pesquisa sobre a Tolerância Social a Violência contra às Mulheres divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que 65,1% dos entrevistados concordam total, ou parcialmente que “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”. O assunto tem gerado polêmica e pautado os temas em rodas de debate e veículos de comunicação. Nas redes sociais a Violência contra a Mulher explodiu nos últimos dias e, foi por meio das redes que a Jornalista Nana Queiroz conseguiu mobilizar milhares de mulheres para o movimento criado por ela #EuNãoMereçoSerEstuprada.

Em poucos dias, a página da mobilização já possuía milhares de likes. Tudo começou quando Nana tirou uma foto escondendo os seios com os braços, onde dizia “Eu Não Mereço Ser Estuprada”. A ideia da página é que as mulheres façam o mesmo e publiquem em seus perfis como forma de manifestação contra o pensamento apresentado na pesquisa.

Em Toledo, o manifesto também teve expressão. Centenas de mulheres publicaram suas fotos em demonstração de contrariedade ao resultado da pesquisa. A Vereadora Sueli Guerra (PMDB) - que desde o início de seu mandato tem lutado contra a Violência à mulher e pela equidade de gênero – também aderiu ao manifesto. Segurando a plaquinha dentro do legislativo com a frase “Vereadora Sueli Guerra apóia o Movimento Eu Não Mereço Ser Estuprada”, ela não mediu palavras em defender a causa, em pronunciamento feito na última sessão ordinária da Câmara Municipal de Toledo. “Dizer que a mulher é a principal culpada pelo estupro é uma violência ao gênero. É um machismo enorme”, declarou.

A pesquisa ainda revelou que 58,5% concordam “que se as mulheres soubessem se comportar haveriam menos estupros”. Sueli Guerra ainda em uso da tribuna defendeu a liberdade do corpo. “A mulher tem o direito de se vestir, portar e fazer aquilo que tem vontade. Ninguém tem o direito de dizer que não”, afirmou.

Dados da Pesquisa
O Ipea ouviu, entre maio e junho de 2013, 3.810 entrevistados de todas as regiões do País. Destes, 56,7% eram do  Sul e do Sudeste e 29,1%, residentes em áreas metropolitanas. Em relação à faixa etária, 28,5% eram jovens entre 16 e 29 anos; 52,4% tinham entre 30 e 59 anos e 19,1% eram idosos com 60 ou idade superior.
Dos que participaram do levantamento, 66,5% eram mulheres; 38,7%, brancos; 65,7%, católicos; 24,7%, evangélicos e 9,6%, pertencentes às demais religiões, ateus e sem religião.
No que diz respeito ao grau de escolaridade, 41,5% daqueles que fizeram parte da sondagem tinham menos do que o ensino fundamental; 22,3%, o ensino fundamental; 30,8%, ensino médio e 5,4%, ensino superior.
A renda domiciliar per capita média dos entrevistados era de R$ 531,26.

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