“A
mulher tem o direito de se vestir, portar e fazer aquilo que tem
vontade. Ninguém tem o direito de dizer que não”, afirmou Sueli
em uso da tribuna durante a última sessão ordinária.
Recentemente
uma pesquisa sobre a Tolerância Social a Violência contra às
Mulheres divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea) revelou que 65,1% dos entrevistados concordam total, ou
parcialmente que “mulheres que usam roupas que mostram o corpo
merecem ser atacadas”. O assunto tem gerado polêmica e pautado os
temas em rodas de debate e veículos de comunicação. Nas redes
sociais a Violência contra a Mulher explodiu nos últimos dias e,
foi por meio das redes que a Jornalista Nana Queiroz conseguiu
mobilizar milhares de mulheres para o movimento criado por ela
#EuNãoMereçoSerEstuprada.
Em
poucos dias, a página da mobilização já possuía milhares de
likes. Tudo começou quando Nana tirou uma foto escondendo os
seios com os braços, onde dizia “Eu Não Mereço Ser Estuprada”.
A ideia da página é que as mulheres façam o mesmo e publiquem em
seus perfis como forma de manifestação contra o pensamento
apresentado na pesquisa.
Em
Toledo, o manifesto também teve expressão. Centenas de mulheres
publicaram suas fotos em demonstração de contrariedade ao resultado
da pesquisa. A Vereadora Sueli Guerra (PMDB) - que desde o início de
seu mandato tem lutado contra a Violência à mulher e pela equidade
de gênero – também aderiu ao manifesto. Segurando a plaquinha
dentro do legislativo com a frase “Vereadora Sueli Guerra apóia o
Movimento Eu Não Mereço Ser Estuprada”, ela não mediu palavras
em defender a causa, em pronunciamento feito na última sessão
ordinária da Câmara Municipal de Toledo. “Dizer que a mulher é a
principal culpada pelo estupro é uma violência ao gênero. É um
machismo enorme”, declarou.
A
pesquisa ainda revelou que 58,5% concordam “que se as mulheres
soubessem se comportar haveriam menos estupros”. Sueli Guerra
ainda em uso da tribuna defendeu a liberdade do corpo. “A mulher
tem o direito de se vestir, portar e fazer aquilo que tem vontade.
Ninguém tem o direito de dizer que não”, afirmou.
Dados
da Pesquisa
O
Ipea ouviu, entre maio e junho de 2013, 3.810 entrevistados de todas
as regiões do País. Destes, 56,7% eram do Sul e do Sudeste e
29,1%, residentes em áreas metropolitanas. Em relação à faixa
etária, 28,5% eram jovens entre 16 e 29 anos; 52,4% tinham entre 30
e 59 anos e 19,1% eram idosos com 60 ou idade superior.
Dos
que participaram do levantamento, 66,5% eram mulheres; 38,7%,
brancos; 65,7%, católicos; 24,7%, evangélicos e 9,6%, pertencentes
às demais religiões, ateus e sem religião.
No
que diz respeito ao grau de escolaridade, 41,5% daqueles que fizeram
parte da sondagem tinham menos do que o ensino fundamental; 22,3%, o
ensino fundamental; 30,8%, ensino médio e 5,4%, ensino superior.
A
renda domiciliar per capita média dos entrevistados era de R$
531,26.
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