Vereadores de Toledo acompanham sessão em Câmara Mirim de Santa Helena

Projeto de Lei que institui a implantação de Câmara Mirim em Toledo está em tramitação. A intenção é estimular a participação da juventude nos assuntos políticos, além da formação de lideranças.

Com menos de 17 anos, os representantes legislativos de cada uma das escolas de Santa Helena, apresentam proposições em um sessão ordinária feita exclusivamente para eles. O projeto “Câmara Mirim” que já existe há 4 anos, contempla 11 vereadores/as mirins que realizam um encontro a cada mês. A ação tem formado jovens que pensam a política e servido como base para a elaboração de projetos semelhantes nos municípios vizinhos.

Com o intuito, de conhecer essa realidade, a vereadora Sueli Guerra (PMDB) e o vereador Walmor Lodi (PR), ambos membros da Comissão de Educação, Cultura e Desportos da Câmara de Toledo estiveram em Santa Helena, na noite de ontem (13). Na ocasião se depararam com uma câmara com bom número de freqüentadores e com jovens interessados.

Durante as sessões, os jovens apresentam indicações e sugerem projetos de lei. Esses documentos são encaminhados para a Mesa Diretora da Câmara para uma avaliação criteriosa. Se o documento for aprovado pela mesa, é enviado diretamente ao executivo como em uma sessão normal.

A Câmara pretende incluir o jovem na política e fazer dele um propulsor desse pensamento. Exemplo disso, é a atual presidente da Câmara Mirim Cristina Belini. Ela afirma que não pretende desistir da política e reconhece as competências das esferas públicas. “Sempre que posso, eu incentivo colegas e familiares a participar e conhecer o trabalho dos nossos governantes municipais. É muito fácil criticar, mas é preciso também reconhecer que o trabalho que eles desenvolvem é algo grandioso”, declarou.

O incentivo pela politica é cada vez mais intenso, entre os mirins. Eles possuem um cronograma mensal ao qual devem seguir criteriosamente. Palestras, aulas e inúmeras outras atividades contemplam esse planejamento de formação política. O vereador Wlamor Lodi, destacou que a implantação desse projeto em Toledo é muito importante, uma vez que pretende inserir os jovens dentro das esferas políticas para a formação de novos líderes. “A ideia da Câmara só aproxima o jovem da realidade política da sua cidade e com isso, a sociedade é quem mais sai ganhando, pois são mais pessoas trabalhando e fiscalizando”, defendeu.

       “É evidente que nos dias de hoje poucos são os jovens que demonstram interesse pela política. Implantar uma câmara mirim em Toledo é uma forma de promover os debates dentro da juventude atual e criar estímulos para que, quem sabe no futuro, sejam esses nossos novos representantes”, declarou Sueli. O projeto deverá comportar alunos do ensino fundamental e médio que irão representar no legislativo as necessidades da sua comunidade.

Para Sueli, uma das coisas que mais lhe chamou a atenção foi a realidade encontrada em Santa Helene em que dos 9 vereadores/as presentes, 6 eram meninas. Segundo ela, isso é muito comum na fase da adolescência, mas as meninas ainda precisam receber um estimulo maior. “É normal que elas se apresentem mais interessadas nessa fase da vida. O problema é que com o decorrer dos anos vão se escondendo atrás dos homens e deixam de ter o seu espaço político”, comentou.

O Projeto

    O Projeto de Lei que trâmita na Câmara Municipal de Toledo é de autoria da Vereadora Sueli Guerra e institui a Câmara Mirim de Toledo e estabelece suas normas de funcionamento. A Câmara Mirim deverá promover uma ampla discussão em todo o setor da educação e mobilizar a Secretaria Municipal de Educação (SMED), Conselho Municipal da Criança e Adolescente, Núcleo Regional de Educação e Escolas públicas e particulares.  Em conversa Sueli Guerra expôs que o projeto que tramita em Toledo é uma extensão do trabalho realizado pela professora Ester na Escola Municipal Walter Fontan a e ressaltou que a intenção é que o projeto seja completamente suprapartidário. “É importante que a ação não seja vista como um ringue de interesses políticos, mas apenas educacionais”, finalizou Sueli.